No transcorrer do séc. XVIII e início do séc. XIX houve um grande distanciamento entre cultura plebéia e cultura patrícia (trabalhadores x elite). Muitas comemorações e costumes deixaram de ser comuns, tornaram-se menos visíveis e mais distantes da compreensão da gentry. Desse modo, tais comemorações passam ser vistas como ameaça e desordem.
Essas manifestações culturais passam agregar aspectos de conflito de classes, ganha caráter de oposição aos novos valores que a sociedade capitalista impõe a plebe, tornam-se defensivas ao controle da gentry.
Essa cultura é transmitida de geração a geração por transmissão oral, através de músicas, livretos...
Assim acontece na manifestação folclórica do Congado, onde percebemos a resistência negra à sociedade branca e elitista. Ainda hoje, durante a festa do Congado podemos perceber que muitos daqueles que compõem a sociedade dita “branca” e elitista encaram com racismo e preconceito essa manifestação popular. Quando a população negra e pobre ocupa o centro da cidade ou praça principal (digamos que seja este o espaço pertencente a elite) a classe dominante recebe isso como uma invasão do seu território. Muitos sentem-se incomodados, alguns tratam com indiferença e outros com medo, pois percebem tudo como desordem.
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
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2 comentários:
Valeu, Grazi!!!
Mostre a um ou mais colegas como postar no blog.
Estimule a participação, vai ficar muito mais envolvente.
Abraço
Renata Meira
A plebe usa seus costumes para se defender da opressão em que se encontra, temos como exemplo algo que começou, aqui no Brasil, na luta dos negros contra a escravidão, a capoeira. Para se defenderem os negros ensinavam uns aos outros a capoeira, e para os Senhores não desconfiarem os negros incluiram as danças e músicas africanas nas rodas. Depois de alugum tempo ela foi marginalizada e proibida no Brasil. Agora já podemos ter contato com essa cultura negra aqui na nossa Universidade.
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