Minha inserção no tecido cultural contemporâneo vem em forma de diário:
Meu nome é Josimar , tenho 25 anos, nasci num lar católico, onde os pais e irmãos compartilhavam da mesma fé, muito ligado a igreja, meu pai era devoto de santa Luzia, e todo ano no dia 13 de dezembro, meu pai dava um almoço para os inocentes, crianças com menos de sete anos,ou seja, nessa data meu pai que na época era hoteleiro, fechava as portas do hotel e todos os funcionários ajudavam no almoço que foi uma promessa pela cura recebida da minha irmã mais velha por ter nascido com problemas de vista, eram muitas crianças, nesse dia me esbaldava na comilança, era muito bom, mas quase nunca tivemos imagens de santos dentro de casa, somente terços e alguns santinhos de mão, a família da mãe sempre foi evangélica, já a do meu pai todos eram católicos. Aos 5 anos de idade sofri um grave acidente de carro, fui atropelado por um fusca emfrente ao hotel da minha família, os médicos disseram que nunca mais voltaria andar, foram 9 meses com as duas pernas engessada e deitado numa cama assistindo todo santo dia ao show da Xuxa, após esse período realmente n minha perna não havia voltado ao normal, mas o medico fez uma tentativa de engessar a perna boa parar me obrigar a mexer com a outra, o que deu muito certo, após um mês, já estava restabelecido, e devido a isto, mais um voto do meu pai teve de ser pago, fomos para água santa levar o gesso das minhas pernas. O local era muito estranho, avinham esculturas de pés, cabeças, mãos, pernas, olhos, ate de manequins inteiros, cabelos de todos os tipos, carrinhos e casinhas. Já comunguei sem ter feito 1ª comunhão, quando era criança vi o povo entrando na fila e fui também, sempre curioso, acabei comungando e tomando um sermão da minha tia, após este episodio, fiz 1ª comunhão, fui coroinha da igreja onde tocava o sininho durante a missa, com a separação dos meus pais, fui morar com minha mãe e avós, então comecei a freqüentar a igreja evangélica onde me batizei aos 12 anos, mas após esta data como era vontade do meu pai que eu fizesse a eucarística, após seu falecimento, acabei fazendo sua vontade. Foi nessa mudança de realidade que vivi ainda criança apartir dos 6 anos onde meus pais se separaram que tudo mudou, pois morando com meus avós maternos, meu avô que alem de pedreiro era sanfoneiro, começou a me despertar para musica, onde aos 7 comecei no conservatório para aprender violão, mas foi onde descobri o teatro, e permaneci nele, o violão foi minha tristeza, não gosto nem de lembrar,mas aprendi flauta e piano. Aos 12 anos estreei meu primeiro espetáculo teatral “ cavalinho azul”, onde meu pai que também sempre foi um dos meus apoiadores estava sentado na primeira fileira, nesse momento da vida ele já estava próximo de sua morte. Ele chorou tanto de emoção, um ano depois veio a falecer.
Quando me batizei na igreja evangélica minha mãe e irmãos continuaram na católica.
Hoje minha mãe e irmã a apenas 10 anos tornaram-se evangélicas, juntamente com outros membros da família. Meu irmão ainda continua católico.
A pratica de pagar promessas, ainda existe mas não como a maioria cristã conhece, para imagens de santos, mas sim como um preceito bíblico: “ e tudo quando fizerdes, fazei-o de todo coração, como ao senhor e não aos homens; sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque Cristo, o Senhor servis. Colossenses 3:23 e 24”.
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